Conversando com o Bola hoje confirmei algo que eu já sabia desde criancinha: eu não tenho tendência para a obsessão.
Nunca na minha vida de 30 anos fui obsessiva por algo.
Nunca me interessei tresloucadamente por um cantor ou banda ou grupo musical, nem por um ator ou modelo ou qualquer tipo de celebridade; por carros, por homens ou paixonites agudas; por profissão, por assuntos, por lavar, limpar, aspirar... por nada nada nada.
Quando da entrada da minha adolescência tive uma pequena crise sobre o que eu queria ser quando me tornasse gente grande: médica, veterinária, engenheira, atleta, atriz... Nada me vinha à cabeça pois não havia nada que eu gostasse tanto que gostaria de ser para o resto da minha vida.
Naquela época lembro bem do que gostava de fazer: ler revistas que tinham assuntos diversificados de Veja, Superinteressante a Manequim, Claudia, Capricho, passando por gibis, panfletos de supermercado, receitas diversas e "faça vc mesmo".
Gostava também de assistir Clip Trip para aprender a cantar as letras em inglês (é daí que tenho meu minúsculo conhecimento da língua pois as aulas da velhinha loura da ETE não ajudaram ninguém) e gostava de assistir novelas, filmes, reportagens, Xuxa, Cavaleiros do Zodíaco, essas coisinhas.
Enfim, gostava de muitas coisas variadas, e cai entre nós fúteis...rsrs... e não gostava de nada em específico do tipo saber a vida toda de um artista que eu admirava. Para início de conversa não admirava ninguém profundamente, achava um ou outro bonitinho/interessante mas nada que perdurasse por meses a fio.
E assim fui crescendo e sendo empurrada pela vida.
Saindo da oitava série tinha que prestar vestibulinho. Prestei eletrônica na ETE e cerâmica no Senai. Passei primeiro na ETE, fiz matrícula e depois fiquei sabendo que passei no Senai. Se eu tivesse o sonho de ser uma ceramista (acho q é isso que se torna depois de fazer o curso mas ...) teria saido da ETE que ficava longe a beça da minha casa, (eu morava em SBC e a ETE era em São Caetano, tipo 1h20 de ônibus) e teria ido para o SENAI que ficava perto de casa (10 minutos andando devagar).
Mas não era esse o caso, já estava na ETE, já tinha feito amizades e lá fiquei por 3 anos.
Me tornei uma técnica eletrônica? A resposta certa é que eu me formei em eletrônica mas nunca aprendi nada substancial para seguir a profissão.
Acabou o colegial? Tem que prestar faculdade! (Pensamentos de meu pai!)
Consegui enrola-lo por 1 ano pois disse que queria entrar em medicina... prestei fuvest... não passei (graças a Deus!!)...
Vamos fazer cursinho... fiquei na padaria o cursinho quase todo... troquei de namorado... conheci pessoas novas...conheci bebidinhas novas... conheci barzinhos de faculdades... comecei a trabalhar... quis voltar pro antigo namorado, ele não me quis... vida seguiu...
Nesse meio tempo era p/ eu ter pensado o que queria pra minha vida, qual profissão seguir, quais meus gostos, minhas habilidades, meus interesses e... nada de mais!
Resolvi prestar algum curso p/ trabalhar em Recursos Humanos de empresas... toda empresa tinha um RH, precisava admitir, demitir funcionário, fazer seleção... campo grande de trabalho, não faltará emprego...
Prestei Administração de empresas em 2 faculdades e Psicologia em outras 2 (IMES, Fundação, Metodista e Mackenzie), passei no IMES, na Metodista. No Mackenzie eu só vi que não passei na primeira chamada, não vi nas outras chamadas... Fundação nem cheguei a prestar pq já tinha opções de escolha.
Meu pai achou melhor eu escolher Psicologia pq teria mais campo de trabalho (olha ele aí de novo) e foi o que fiz.
Cursei, estagiei em RH, cansei... Fui p/ clínica, fiquei lá por 5 anos e, cansei/me desiludi/não dá retorno finaceiro para quem é preguiçoso... Fui p/ a área social, descobri que é bacana, tem pessoas bacanas, mas tem pessoas vendidas para o sistema que só dificultam a vida de quem quer fazer algo mas não tem paciência para puxação de saco - saíram comigo da área.
E daí com tudo isso?
Daí que procuro algo p/ ter uma obsessão ou um interesse gigantesco a ponto de querer saber tudo, de ter tudo daquele assunto...
Ahh... nem preciso falar que namorado nunca foi e nunca será obsessão pois demanda ter ciúmes, ter atitudes persecutórias, ser grudenta irritante e isso não é pra mim.
Enquanto isso vou diversificando a minha vida, sabendo de coisas interessantes e desinteressantes, úteis e fúteis, legais e não legais!