Dizem que intimidade é uma merda mas eu acho bem bacana, principalmente quando é com alguém que você gosta/ama.
Eu pensava que só se podia ter intimidade com alguém próximo, mas próximo no sentido filosófico da questão.
Porém, contudo, todavia, percebi que intimidade com alguém desconhecido é uma merda e das grandes e fedorentas.
Vamos ao causo:
Estava eu e Bola indo para São Paulo e fomos pegar o trem na velha estação de Utinga.
Empurra daqui, empurra dali, espreme daqui e dali ao mesmo tempo de todos os lados... entramos no trem, eu na frente e Bola mais atrás.
Foi nessa hora que percebi o quanto podemos ficar íntimos de um desconhecido.
Fiquei cara a cara com um rapaz. Mas era tão cara a cara que eu sentia o umbigo dele (antes o umbigo do que a próstata do infeliz) na minha barriga.
Naquela situação constrangedora a gente vira a cara p/ um lado, vira a cara p/ o outro, faz de conta que tá tudo bem, mas nada está bem, tudo está muito esquisito.
Chegamos no Tamanduateí e fomos enxotados para fora do trem.
Ufa, alívio, posso respirar de novo e já posso voltar a ser íntima de quem realmente sou!
2 comentários:
E as sardinhas em lata riem de nós... tem espaço até pra fumar um cigarrinho na latinha...
Ha ha ha....
Pelo menos as sardinhas tem óleo para facilitar o deslize, já a gente... é na raça e no suor (principalmente).
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